Engenharia de Energias e Elétrica: a relação com o mercado de energias renováveis

Engenharia de Energias e Elétrica: a relação com o mercado de energias renováveis

O uso de energias renováveis, como a solar e a eólica, ganha força em todo o mundo em meio às discussões sobre mudanças climáticas e novas tecnologias mais adequadas às necessidades do planeta. O Brasil é um dos países de referência no emprego dessas fontes em sua matriz elétrica, segundo o Ministério de Minas e Energia: tem 84% de capacidade de geração de energia renovável, enquanto o mundo possui uma média de 27%.

Todas as tendências e expectativas indicam o crescimento para o setor nos próximos anos.

A política energética brasileira vem sendo incentivada e apoiada, também devido ao compromisso internacional assinado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP 21) de aumentar em 33% o desenvolvimento de fontes renováveis de energia até 2030. Recentemente, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação para usinas híbridas, permitindo combinações de fontes de geração – usinas fotovoltaicas, eólicas, hidrelétricas grandes e pequenas e termelétricas –, o que deve dar mais competitividade aos projetos e impulsionar a produtividade da área de renováveis.

“Ao longo dos anos, percebemos um aumento na demanda por abastecimento energético no Brasil e no mundo. A disponibilidade de energia passou a ser um dos pontos críticos na tomada de decisão em questões econômicas e ambientais. Esse fato vem gerando um aumento da produção e disponibilidade energética, mostrando o grande potencial do setor na geração de energia por diferentes fontes como a hídrica, a eólica, a solar e a de biomassa”, explica o coordenador do curso de Engenharia de Energias das Faculdades da Indústria do Sistema Fiep, Tiago Andrade de Oliveira.

Para se ter uma ideia, em 2021 a energia eólica teve recorde de expansão no país. Segundo a Aneel, foi registrado o maior incremento da fonte desde 2014, que chegou a 3 mil megawatts (MW). As usinas eólicas respondem por 11,11% da matriz energética brasileira e também representam pouco mais de 40% dos empreendimentos em construção de geração de energia. Apenas no ano passado, foram inauguradas ou reabertas esse tipo de usina em 20 estados das cinco regiões brasileiras.

Já a energia solar fotovoltaica teve uma expansão de 1.299,46 MW (17,18%) de potência instalada no mesmo período. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) apontam o Brasil como o 4º país que mais acrescentou capacidade solar fotovoltaica no último ano – atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia.

Eólicas e fotovoltaicas respondem por 75% das usinas implantadas em 2021 no Brasil, com mais de 3 GW instalados, como apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Além disso, a Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) indicou que, globalmente, a previsão é de expansão da capacidade renovável em mais de 1.800 GW em 2026 – quase 95% do aumento na capacidade total de energia em todo o mundo.

Mercado promissor para profissionais

 

Nesse cenário, o mercado que envolve a geração de energias trabalha com constante inovação e é um dos mais importantes e promissores. Com essa motivação, e as ofertas de emprego e salários animadores, muitos estudantes ou até profissionais têm buscado ingressar em cursos relacionados à geração de energia a partir de fontes renováveis, como as graduações em Engenharia de Energias e Engenharia Elétrica.

É o caso de Sandro Pagani, que após mais de duas décadas no ramo de agrimensura como técnico, resolveu iniciar o curso de Engenharia de Energias das Faculdades da Indústria do Sistema Fiep. “Como o mundo está em fase de migração da matriz energética, busquei algo que tivesse relação com esse novo mercado. A expectativa cresce de forma exponencial, pois além de agregar toda a versatilidade das novas tecnologias, vai ao encontro da demanda mercadológica, que só aumenta a cada dia”, conta o aluno do 6º período, que faz estágio na Fator Solar Energias Renováveis.

O profissional de Engenharia de Energias atua, principalmente, em empresas geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia. Além disso, pode realizar serviços de consultorias, projetos de aprimoramento energético e validações técnicas. O salário inicial de um engenheiro dessa área é de R$ 6.173 e chega a R$ 19.520 para os mais experientes.

Outro curso que forma profissionais para a área é o de Engenharia Elétrica. Engenheiros eletricistas podem atuar como responsáveis pelo projeto elétrico, eletrônico, de telecomunicações e de conexão dessas fontes ao sistema elétrico de potência, além de construir e dimensionar esses sistemas. Há diversas oportunidades em território nacional e no exterior.

“Vejo nas energias renováveis grandes oportunidades de trabalho nos próximos anos, tanto em pesquisa de novas e inovadoras tecnologias quanto em projetos de usinas, durante seu funcionamento, nas definições de operações mais eficientes e na própria manutenção e supervisão, para a garantia da geração de energia elétrica hoje e no futuro”, comenta Vicente de Lima Gongora, coordenador do curso de Engenharia Elétrica das Faculdades da Indústria do Sistema Fiep em Londrina.

O coordenador acrescenta que ainda há enormes desafios para otimização da energia e novas formas de geração“Existem várias pesquisas na área de novos materiais para transformar energia em placas solares, outras tantas para otimização dos geradores eólicos e aproveitamento do hidrogênio. Todas essas alternativas utilizam, de alguma forma, energia elétrica nos processos de condicionamento ou transformação da energia na forma como hoje a consumimos”.

Diferenciais dos cursos

 

Na graduação de Engenharia de Energias das Faculdades da Indústria do Sistema Fiep, os alunos têm, além de conhecimentos de base das engenharias como cálculo, física e química, aulas direcionadas para eficiência energética, energia solar fotovoltaica, sistemas eólicos, entre outras. Já o de Engenharia Elétrica, além da ênfase nas áreas de sistemas elétricos de potência, eletrônica, sistemas inteligentes e telecomunicações, tem na matriz curricular 72% de disciplinas profissionalizantes e específicas da área, incluindo as novas e emergentes energias renováveis.

Na instituição de ensino, o principal diferencial são as Jornadas de Aprendizagem, que acontecem em todos os períodos dos cursos, que apresentam e envolvem os alunos em problemáticas reais de empresas da região. “Com esses desafios propostos pelas empresas parceiras, o principal objetivo é o desenvolvimento de soluções para situações-problemas. Em sala de aula, os alunos são agrupados em equipes e orientados pelo professor durante todo o processo de execução das jornadas”, explica Tiago Andrade de Oliveira.

 — Foto: Mariana Fachini

Para Djalma Leite de Oliveira, aluno do 7º período de Engenharia Elétrica das Faculdades da Indústria do Sistema Fiep em Londrina, o principal ponto positivo do curso é o acesso fácil aos docentes, o que facilita para tirar dúvidas e interagir sobre as perspectivas da área. “O mercado de trabalho já se mostra promissor nesta profissão. Com a modernização e evolução da automação industrial, a dependência por esse profissional é crescente, principalmente considerando que a necessidade de energia elétrica cresce exponencialmente, o que resulta na maior valoração do conhecimento dessa ciência”, opina o acadêmico.

Se você se interessou e também quer fazer parte desse mercado, saiba que as inscrições para o Vestibular de Inverno 2022 das Faculdades da Indústria do Sistema Fiep estão abertas. São 1.101 vagas para 24 cursos, sendo 12 engenharias. Além de prova on-line, com inscrições até o dia 26 de agosto, a instituição também está com inscrições abertas para a prova tradicional (presencial), que será realizada no dia 23 de julho de 2022, das 10h às 12h30, incluindo uma bolsa integral para o primeiro colocado na classificação geral nas provas por Faculdade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *